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“Um prêmio dessa importância serve como balizador para o livro”

28 de julho de 2024

“Um prêmio dessa importância serve como balizador para o livro”
Alexandre Alliatti foi um dos vencedores em 2023
Crédito: Gustavo Maciel

Com as inscrições para o Prêmio São Paulo de Literatura 2024 encerradas, a partir de agora existe a expectativa pela divulgação da relação dos 20 livros finalistas, dez em cada uma das duas categorias em disputa. Mas, que impacto tem para a carreira de um escritor ou escritora integrar esse grupo e, mais ainda, o que muda ter seu romance como vencedor? No ano passado, a escolha como Melhor Romance de Estreia recaiu sobre “Tinta branca”, de Alexandre Alliatti, uma publicação da editora Patuá. Segundo ele, o que de imediato aconteceu foi o aumento no número de leitores. “Um prêmio dessa importância, com jurados tão qualificados, serve como balizador para o livro, uma espécie de atestado de valor literário”, explica Alexandre. Segundo ele, isso sem dúvida alguma chama muito a atenção de leitores mais atentos ao circuito literário.


Outra situação citada por ele é o aspecto emocional, com o reconhecimento sussurrando uma espécie de conselho, um “continue escrevendo”. E o peso disso é grande, na medida em que “a escrita de um livro de ficção é uma jornada um tanto incerta: não sabemos direito qual será o resultado de todo aquele mergulho”, relata. Alexandre admite que o prêmio lhe abriu muitas outras portas, havendo convites para eventos e entrevistas. Além disso, também surgiu uma proposta para adaptação do texto para o teatro e outras sondagens, essas para adaptação para o cinema.


Agora ele está trabalhando em um segundo romance, cuja escrita iniciou apenas depois do prêmio recebido no ano passado. “Mas sou um escritor lento, paciente, que trabalha muito com a revisão e a edição do texto, de tal forma que este ainda está em fase embrionária”, relata Alexandre. Antes de concluir ele ainda lembrou que seus colegas que estão na disputa de agora precisam entender que “vencer não é necessariamente garantia de nada, do mesmo modo que não ficar entre os finalistas não significa que o livro não seja bom”, pela subjetividade de tudo. Mas, assegurou que vale mesmo muito participar. Um conselho que com certeza outros finalistas e vencedores também poderão dar.


Arte: Passarim Design e Barulho | Desenvolvimento de site: Qube Design | Edição: Solon Saldanha (MTB nº 5308/RS)