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“São poucas as oportunidades que a sociedade contemporânea oferece de visibilidade à literatura”

01 de novembro de 2024

“São poucas as oportunidades que a sociedade contemporânea oferece de visibilidade à literatura”
Manoel Herzog
Crédito: Acervo pessoal

O santista Manoel Herzog estreou na literatura em 1987, com os poemas de “Brincadeira surrealista”. Seguiram-se outros tantos livros, como “Os bichos” (Realejo), em 2011; “CBA – Companhia Brasileira de Alquimia” (Patuá), em 2013; e “A comédia de Alissia Bloom” (Patuá), terceiro lugar no Prêmio Jabuti em 2015. Ele também publicou dois romances pela Alfaguara: “A jaca do cemitério é mais doce”, em 2017; e “Boa noite, amazona”, em 2019. Agora, com “A língua submersa” (Editora Schwarcz – Grupo Companhia das Letras), ele é um dos dez finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2024, na categoria Melhor Romance de 2023.


“É sempre uma alegria ter o trabalho reconhecido por especialistas. E uma luta contínua para não se inebriar, não perder o Norte de que toda avaliação é subjetiva”, disse ele ao ser questionado sobre a indicação. “Falar em carreira literária é difícil, sob uma ótica de profissionalismo. Não dá para viver de livro, salvo casos muito pontuais. Posto isso, figurar nos prêmios, que são das poucas oportunidades que a sociedade contemporânea oferece de visibilidade à literatura, é sempre interessante”, complementa Manoel.


Segundo o escritor, “tem um significado de pertencimento estar ao lado de tantos bravos idealistas que, a par do glamour ilusório que se tenta plantar (prêmios, mídia, feiras, etc.), suportam a indiferença, a violência e o desprezo de um tempo que enaltece o sucesso financeiro e as conquistas materiais”. Manoel tem formação em Direito e trabalhou na indústria química.


Arte: Passarim Design e Barulho | Desenvolvimento de site: Qube Design | Edição: Solon Saldanha (MTB nº 5308/RS)