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“Estar no PSPL me permite honrar àquelas mulheres negras que pavimentaram meu caminho”
27 de outubro de 2024
Eliane Marques é fronteiriça, de Santana do Livramento, divisa do Brasil com o Uruguai. Tem experiência no campo literário, com as publicações de “O poço das Marianas”, com o qual ganhou o Prêmio Minuano 2022 e foi finalista do Prêmio Associação Gaúcha de Escritores, além do também premiado “Se alguém o pano” (Prêmio Açorianos) e de “Relicário”. Mas, “Louças de família” (Autêntica Editora) é o seu primeiro romance.
“Quando recebi a notícia de ser finalista no Prêmio São Paulo de Literatura foi uma felicidade enorme. Comparável com uma sobremesa que, de tão boa, não cabe na boca”, explica Eliane, com figura de linguagem. Estar entre os finalistas na categoria Romance de Estreia do Ano 2023 tem ainda para ela, que é uma mulher engajada, um significado ainda mais especial: “o de estar viva e poder honrar àquelas mulheres negras minhas ancestrais, que pavimentaram o meu caminho”, assegura de modo reverente.
Eliane assina as traduções de “Pregão de Marimorena”, de Virginia Brindis de Salas; “Cabeças de Ifé”, de Georgina Herrera (prêmio Associação Gaúcha de Escritores); e “O trágico em Psicanálise”, de Marcela Villavella. Ela coordena a editora Escola de Poesia Amefricana e o selo Orisun Oro, que visa traduzir e publicar livros de poetas amefricanas no Brasil. E é filiada à Àpres Coup Psicanálise e Poesia.
“Há um provérbio africano segundo o qual não se pode levar dois cântaros sobre a mesma cabeça. Pois bem, ser finalista do PSPL é contar com alguma forma de apoio para carregar um desses cântaros”, conclui Eliane, agradecida.