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“É impossível medir todas as ressonâncias que ser finalista do PSPL pode ter no meu percurso”
28 de outubro de 2024
Giovana Proença é pesquisadora na área de Teoria Literária e Literatura Comparada, na Universidade de São Paulo, a USP. Ela edita a Fina, uma revista literária digital, e foi colaboradora do caderno Aliás, de O Estado de São Paulo. Tem também textos publicados no jornal Rascunho, na revista Cult, na Folha de São Paulo e no caderno Pensar, do jornal Estado de Minas.
“Foi uma grata surpresa e uma alegria enorme ver o livro chegando nesse lugar: ser finalista de um prêmio tão importante”, disse Giovana, referindo o fato de seu romance de estreia, “Os tempos da fuga” (Editora Urutau) ter sido um dos dez apontados pelos jurados, na categoria. “Eu sempre acompanhei as premiações anteriores e fiz questão de ler os livros finalistas e conhecer os autores e autoras indicados. Mas, não imaginava estar nesse espaço com um livro que eu escrevi. Muito menos assim tão cedo”, pontua.
“Tenho percebido uma maior circulação do livro, mais gente comentando e interessada em comprar. Visibilidade é fundamental, mas ainda é impossível medir todas as ressonâncias que isso ainda pode ter no meu percurso literário”, avalia Giovana. Interessante é que ela cita também mudança interna, no seu cotidiano, na forma como conduz o seu processo criativo. “Tenho trabalhado com mais afinco no meu próximo livro, com mais alegria. É um novo prazer em escrever, sabendo que o reconhecimento, um encontro com novos leitores, é possível”, explica.
Sobre seu livro concorrente, diz que ele toca a memória, a identidade, os afetos, a sexualidade. Que aborda o período da ditadura civil-militar. “Eu tentei encontrar uma forma que pudesse traduzir todas essas questões que me inquietam. E valorizo muito estar podendo contribuir com o momento atual”.