Bartolomeu Campos de Queirós
Vermelho amargo
Cosac Naify
Um narrador em primeira pessoa revisita a dolorosa infância, marcada pela ausência da mãe substituída por uma madrasta indiferente. Há os irmãos, filhos de um pai que não larga o álcool e de uma madrasta que serve em todas as refeições fatia cada vez mais finas de tomate. Eles desenvolvem diversas anomalias para tentar suprir a ausência de afeto e a saudade da mãe – um come vidro, a outra não larga as agulhas e o ponto cruz.
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Bartolomeu Campos de Queirós nasceu em 1944 e viveu a infância em Papagaio (MG). Formou-se em educação e artes, e criou-se como humanista. Com mais de 40 livros publicados, recebeu prêmios importantes, como Grande Prêmio da Crítica em Literatura Infantil/Juvenil pela APCA, Jabuti, FNLIJ e Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 16 de janeiro de 2012.
Suzana Montoro
Os hungareses
Ofício das Palavras
Existe um fato alegórico que representa o romance, a mudança de nacionalidade da aldeia. O não falar que este momento provoca permeia todo o relato. Os personagens narram suas relações, porém a interação deles é pobre como a linguagem que perderam A autora traz a saga de um povo sofrido, pobre, sem recursos, em meio a guerras, mortes, separações, doenças, mas que mantém sempre uma alegria e uma maneira de encarar a vida.
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Paulistana, nascida em 1957, formou-se em Psicologia em 1979. Atua como psicoterapeuta clínica. Dedica-se, paralelamente, à atividade literária. Já publicou livros para crianças e jovens, que receberam o selo de “Altamente Recomendável” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, onde se destacam O Menino das Chuvas (1994) e Em busca da sombra (1999).