Estevão Azevedo
Tempo de espalhar pedras
Cosac Naify
Em lugar indeterminado, um grupo de homens cava e peneira a terra em busca de diamantes que não existem mais. Submissos ao coronel que se beneficia de seu trabalho, os garimpeiros procuram manter o equilíbrio instável de suas vidas, suspensos entre a penúria extrema e as artes da sobrevivência. Em meio ao cenário de extinção, surgem histórias de amor. Joca, Bezerra, Ximena e Rodrigo acreditam que o desejo poderá levá-los a outro destino. O crente Silvério busca refúgio na fé. Romeu e Julieta apocalíptico numa Verona reinventada no garimpo, aqui não há redenção nem esperança.
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Estevão Azevedo nasceu em Natal (RN) e vive em São Paulo. É editor e mestre em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2005, publicou o livro de contos O som do nada acontecendo (coletivo Edições K). Seu primeiro romance, Nunca o nome do menino (Terceiro Nome, 2008), foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2009. Tem contos publicados em revistas e na antologia de escritores brasileiros Popcorn unterm Zuckerhut – Junge brasilianische literatur, lançada em 2013 na Alemanha. Tempo de espalhar pedras será lançado na Itália em 2016.
Micheliny Verunschk
Nossa Teresa – Vida e morte de uma santa suicida
Patuá
A personagem Teresa é uma adolescente cujos desejos não chegam a sê-los, pois são espontaneamente saciados como os anseios dos anjos. A moça é vidente, opera milagres e vai surgindo líquida, narrada por um velho que resiste em entregá-la de todo para o leitor. Mas ela chega cada vez mais perto, beatificada pelo Papa e trazendo um desejo que a tentou até sua realização: o suicídio.
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Micheliny Verunschk nasceu em Recife (PE) em 1972. Estreou no gênero romance com Nossa Teresa – Vida e morte de uma santa suicida, projeto que contou com patrocínio da Petrobras Cultural. Também é autora dos livros Geografia íntima do deserto (Landy, 2003), O observador e o nada (Edições Bagaço, 2003) e A cartografia da noite (Lumme Editor, 2010). Foi finalista, em 2004, do prêmio Portugal Telecom com Geografia íntima do deserto. É doutoranda em Comunicação e Semiótica e mestre em Literatura e Crítica Literária, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Débora Ferraz
Enquanto Deus não está olhando
Record
Érica é uma jovem artista plástica em busca do pai, que fugiu do hospital onde estava internado. Procura possíveis rastros que ele possa ter deixado e, a partir de pequenas memórias, tenta entender a relação com a figura paterna. Enquanto Deus não está olhando é sobre o que a autora chama de instante modificador, aquele ínfimo de segundo que pode transformar completamente a trajetória de alguém. Também é sobre a perda e a insegurança de ingressar na idade adulta sem preparo.
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Débora Laís Ferraz dos Santos nasceu em Serra Talhada (PE) em 1987 e mudou-se para João Pessoa em 2001, onde se formou em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Escreveu seu primeiro livro, Os anjos, em 2003. Seu conto O Filhote de terremoto foi finalista do Prêmio Sesc de Contos Machado de Assis de 2012 e adaptado para o cinema no curta-metragem Catástrofe (2012). Venceu o Prêmio Sesc de Literatura de 2014 na categoria romance com Enquanto Deus não está olhando.